“Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando, e para esses no entanto ainda achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, sem parecer bom demais, e nem pretensioso;
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires, tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, porque deste a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada tudo o quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder, e ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo a dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo resta a vontade em ti que ainda ordena: “Persiste!”
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes e entre Reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes, se a todos pode ser de alguma utilidade;
E se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e – o que ainda é muito mais – tu serás um Homem, meu filho!”
(Rudyard Kipling)
– Recitando poesia,
um bom domingo, uma boa semana,
abraço amigo,
Wander Medeiros
(Música do vídeo: Piano Reflections – Ahjay Stelino)
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